Ex-chefe da máfia revela segredos das potências da ‘era de ouro’ da máfia

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MICHAEL FRANZESE REVELA OS PRINCIPAIS CHEFES DA MÁFIA DE SUA ÉPOCA

Em uma entrevista recente, o ex-capitão da gangue criminosa Colombo, Michael Franzese, revelou os principais chefes de sua época. Franzese, que fazia parte das notórias ‘Cinco Famílias’ na cidade de Nova York, falou abertamente sobre o poder e a influência desses sindicatos criminosos.

Um nome que se destacou foi Vincent Gigante, também conhecido como “Chin” Gigante. Segundo Franzese, Gigante era a figura mais poderosa de Nova York e possivelmente de todo o país. Apesar de seu comportamento excêntrico e da mídia apelidá-lo de “Oddfather”, Gigante era um gênio que dava as cartas.

As táticas de Gigante eram lendárias. Ele fingiu ter demência por anos, vestindo pijamas e roupão de banho enquanto murmurava incoerentemente. Esse disfarce permitiu que ele evitasse a acusação e mantivesse o controle sobre seu império criminoso. Até mesmo seu rival, John Gotti, reconheceu a astúcia de Gigante, descrevendo-o como “louco como uma raposa”.

As autoridades policiais também reconheceram o brilhantismo de Gigante. A equipe do FBI encarregada de derrubá-lo admitiu que ele era a figura do crime organizado mais inteligente que já haviam encontrado. A ascensão de Gigante ao poder como chefe da família Genovese na década de 1980 solidificou seu status como o chefe do crime mais poderoso do país.

Embora Franzese tenha reconhecido que as listas do governo de chefes da máfia ricos e poderosos podem não refletir com precisão seus verdadeiros ganhos, ele enfatizou a influência significativa que esses indivíduos exerciam durante sua época. O legado de figuras como Vincent Gigante continua a cativar a imaginação do público, inspirando até filmes icônicos como o ‘Os Bons Companheiros’ de Martin Scorsese.

A era das ‘Cinco Famílias’ pode ter ficado para trás, mas seu impacto no crime organizado americano será lembrado para sempre.

TENTATIVA DE ASSASSINATO DE GIGANTE CONTRA CHEFE DO CRIME

Em uma reviravolta chocante, Vincent Gigante, um notório mafioso, foi capturado após sua tentativa fracassada de assassinar Frank Costello, líder da família criminosa Genovese. O incidente, que ocorreu em agosto de 1957, deixou o submundo criminoso em choque.

Michael, uma testemunha do encontro, se apresentou com seu relato do incidente. Ele revela que Gigante já havia oferecido a ele uma posição em sua equipe, mostrando o poder e a influência que o mafioso possuía. Michael lembra de caminhar pela Houston Street, em Little Italy, com Gigante, descrevendo suas conversas como agradáveis e esclarecedoras. Apesar da aparência excêntrica de Gigante, com seu roupão, chinelos e barba por fazer, ele se mostrou perspicaz e astuto durante suas interações. Michael também compartilha que Gigante tinha grande respeito por seu pai, o que o levou a tratar Michael com gentileza e estender um convite para se juntar à sua família. Essa oferta inesperada deixou Michael se sentindo honrado e surpreso, dada a reputação e posição de Gigante no mundo criminoso.

O comportamento excêntrico de Gigante, que lhe rendeu o apelido de “louco como uma raposa”, desempenhou um papel crucial em protegê-lo de acusações durante o julgamento da Comissão da Máfia. Esse julgamento histórico resultou na prisão de muitos membros de alto escalão da Cosa Nostra, que receberam sentenças de 100 anos. No entanto, Gigante conseguiu evitar o mesmo destino ao utilizar seu “ato de loucura” como um mecanismo de defesa. Ao fingir instabilidade mental, ele conseguiu evitar a acusação com sucesso, deixando as autoridades policiais perplexas.

Entre as figuras implicadas no julgamento estavam Anthony “Fat Tony” Salerno, que atuava como chefe de fachada de Gigante para ocultar sua verdadeira posição, e Paul “Big Paul” Castellano, que sucedeu Carlo Gambino como o suposto “chefe dos chefes” das Cinco Famílias de Nova York. Tragicamente, Castellano foi assassinado por ordem de John Gotti antes do julgamento. Franzese, um especialista na máfia, destaca o imenso poder exercido por esses indivíduos durante essa era. Ele também inclui Tony “Joe Batters” Accardo, chefe do infame “Chicago Outfit”, e Santo Trafficante, um chefe baseado em Tampa, que há muito tempo é rumores de estar envolvido no assassinato do presidente John F. Kennedy.

A QUEDA DE CASTELLANO E A ASCENSÃO DE GOTTI

Após a morte de seu primo Carlo Gambino em 1976, Paul Castellano herdou o cargo de chefe da família criminosa Gambino. Naquela época, a borgata havia se dividido em duas facções, com Castellano liderando um lado e Aniello Dellacroce, subchefe de Gambino, comandando o outro. Dellacroce, conhecido por seu forte controle sobre os soldados mais jovens e agressivos, servia como um freio para a ganância de Castellano e seu estilo de liderança distante.

No entanto, quando Dellacroce faleceu de um ataque cardíaco, os soldados sob seu comando, liderados por John Gotti, viram uma oportunidade de derrubar Castellano. Seu ressentimento em relação à avareza do chefe e à falta de empatia atingiu o ápice, exacerbado pela falha de Castellano em comparecer ao velório de Dellacroce. Duas semanas depois, quando Castellano e seu subchefe, Thomas Bilotti, chegaram ao Sparks Steak House em Manhattan, foram emboscados e mortos a tiros por uma equipe de assassinos sob o comando de Gotti e Gravano.

Esse assassinato não autorizado de um chefe enfureceu outros membros da Comissão, incluindo Gigante e Anthony Corallo, chefe da família Lucchese. Em busca de vingança, eles planejaram matar Gotti através de um atentado a bomba em seu carro, mas, tragicamente, a explosão acabou tirando a vida do subchefe de Gotti.

O submundo criminoso continua a sofrer as consequências desses eventos chocantes, à medida que o equilíbrio de poder muda e novos líderes surgem. Fique ligado para mais atualizações sobre essa saga envolvente.

Big Paul Castellano, cunhado do suposto chefe do submundo Carlo Gambino e próximo na linha de sucessão para liderar a família criminosa Gambino, era uma figura proeminente no mundo criminoso. Da mesma forma, Anthony ‘Fat Tony’ Salerno ocupava posições importantes dentro da família Genovese, atuando como consigliere, subchefe e chefe interino. Embora as autoridades policiais acreditassem que Salerno havia assumido o controle da gangue em 1981, ele era apenas um chefe de fachada para Gigante. No entanto, os promotores continuaram a ver Salerno como o chefe da família e o indiciaram como o principal réu no julgamento da Comissão. Na verdade, a revista Fortune o classificou como o principal gângster dos Estados Unidos em termos de poder, riqueza e influência. Eventualmente, Salerno foi condenado no julgamento da Comissão e recebeu uma sentença de 100 anos. No entanto, posteriormente foi revelado que tanto as autoridades policiais quanto os agentes do FBI haviam perdido pistas vitais de conversas entre os mafiosos, que indicavam que Gigante exercia o verdadeiro controle. Por exemplo, uma conversa entre Gotti e Angelo ‘Fat Ange’ Ruggiero, ouvida por agentes, revelou que Gigante tinha poder igual ao de Castellano. Ruggiero explicou que “Paul e Chin fizeram um pacto” em relação à pena de morte imposta pela Comissão para o tráfico de drogas. Outra conversa capturada mostrou Salerno expressando insatisfação com a exclusão de apelidos de uma lista de soldados propostos para a admissão em outra família. Ele afirmou: “Eu não conheço nenhum deles. Eles não colocam os apelidos lá. Mas de qualquer forma, deixarei isso para o chefe.”

A carreira de Anthony ‘Joe Batters’ Accardo na máfia durou oito décadas, desde seus dias como um pequeno criminoso até se tornar o chefe do notório ‘Chicago Outfit’. Accardo ganhou seu apelido depois de usar um bastão de beisebol para brutalmente assassinar três mafiosos que haviam traído a gangue. Esse ato impressionou o lendário Al Capone, que famosamente comentou: “Garoto, esse moleque é um verdadeiro Joe Batters”. A ascensão de Accardo continuou quando ele recebeu sua própria equipe sob a liderança de Frank Nitti e depois se tornou subchefe de Paul Ricca quando Ricca assumiu o controle do Outfit na década de 1940. Esses dois homens comandaram o Outfit pelos próximos 30 anos, até a morte de Ricca em 1972, deixando Accardo no poder. Ele permaneceu uma figura proeminente até sua morte em 1992, aos 86 anos.

Santo Trafficante Jr., o chefe da Flórida, foi um dos últimos dons da máfia da velha guarda. Ele era responsável por comandar as operações da máfia em Tampa e Miami e tinha grande influência como o principal mafioso dos EUA em Cuba antes da ascensão de Fidel Castro ao poder em 1959. A forte oposição de Trafficante ao novo ditador chamou a atenção da CIA, que começou a planejar a derrubada do regime esquerdista. Trafficante uniu forças com John Roselli, de Los Angeles, e Sam Giancana, de Chicago, nesses esforços. Um relatório desclassificado da CIA de 1975 afirmou que Trafficante havia sido convencido a envenenar Castro, uma alegação que ele negou veementemente.

Em uma trágica reviravolta, o presidente dos EUA, John F. Kennedy, foi assassinado em Dallas logo após sorrir para a multidão.

Trafficante Suspeito em Conspiração para Assassinato de JFK

De acordo com novas evidências, Santo Trafficante foi uma das figuras-chave em uma suposta conspiração da máfia para matar o presidente John F. Kennedy. Jose Aleman, líder do exílio cubano, revelou aos investigadores que Trafficante o havia informado que Kennedy “seria atingido”. No entanto, Aleman mais tarde voltou atrás em sua afirmação quando chamado para depor perante o Comitê de Assassinatos da Câmara. G Robert Blakey, principal advogado do comitê, afirmou que “o crime organizado teve um papel” no assassinato. O relatório final do comitê também implicou Trafficante e Carlos Marcello como os líderes da máfia mais prováveis ​​de terem conspirado contra Kennedy.

A Controversa Lista da Revista Fortune

John Franzese, um ex-mafioso, criticou a lista da revista Fortune dos “50 Pessoas Mais Poderosas do Mundo”. Franzese questionou o processo de classificação, afirmando: “Como eu chego ao número 18? Eu não sei.” Ele destacou seu próprio sucesso passado, afirmando ter arrecadado milhões de dólares todas as semanas. Franzese brincou sugerindo que deveria ter sido classificado mais alto na lista antes de expressar tristeza pelo fato de 48 dos homens da lista já estarem mortos. Ele ressaltou que a única pessoa ainda viva e livre da lista é ele mesmo.