A atriz compartilhou o incidente nas redes sociais e registrou um boletim de ocorrência; A Polícia Civil irá investigar o caso.
Uma das duas filhas da atriz foi alvo de discriminação racial em uma escola particular na região oeste de [cidade não mencionada]. “Minha filha mais velha foi vítima de racismo na escola, e isso não é a primeira vez. Quando eu morava no Rio de Janeiro, isso já tinha acontecido. Quero deixar claro que sou contra qualquer forma de cancelamento ou linchamento. A notícia vazou de grupos de WhatsApp, em uma discussão com os pais da escola, e se espalhou rapidamente”, disse Samara. Samara Felippo registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil irá investigar o caso. O incidente, registrado como “preconceito racial”, foi encaminhado para o 14° DP (Pinheiros). O colégio Vera Cruz informou que as duas alunas identificadas como responsáveis pela agressão foram suspensas por tempo indeterminado.
A adolescente é filha da atriz com o ex-jogador de basquete Leandrinho. Na última segunda-feira, 22 de abril, a menina teve seu caderno roubado por colegas de classe. “As páginas foram arrancadas violentamente, de um trabalho extenso de pesquisa, que valia nota para ela. E dentro desse mesmo caderno tinha uma frase de teor racista, séria e criminosa”, descreveu a atriz. “Não é mais possível que as escolas relativizem um crime previsto em lei. Esse debate precisa ser levado adiante com seriedade, com comprometimento, porque, para mim, uma educação antirracista é uma soma. É a soma da instituição de ensino, do ensino dentro de nossas próprias casas, com os pais, e a sociedade em si”.
De acordo com o relato feito por Samara em um grupo de pais no Whatsapp, ao qual teve acesso no domingo, 28, sua filha mais velha teve o caderno furtado, folhas foram arrancadas e, em seguida, ele foi devolvido ao setor de achados e perdidos da escola com um insulto de natureza racial escrito em uma das páginas. No texto enviado ao grupo de pais, Samara pediu a expulsão das alunas responsáveis e afirmou que a escola tem sido negligente diante de repetidos episódios de preconceito.
Uma das jovens acusadas de racismo será retirada do colégio Vera Cruz. Os pais da estudante anunciaram a decisão em um grupo de mensagens com outros responsáveis da turma, afirmando serem uma família progressista e pedindo desculpas à vítima e seus familiares. A escola informou que realizou uma reunião mediada entre as alunas acusadas de racismo e a vítima. As jovens responsáveis pelo ato foram suspensas por tempo indeterminado, e não há conhecimento de outras atitudes racistas por parte delas. A instituição ainda definirá ações de reparação.
O colégio Vera Cruz iniciou um Projeto para as Relações Étnico-Raciais, com medidas de enfrentamento ao racismo estrutural. O projeto inclui a revisão do currículo escolar, formação contínua, aumento da diversidade racial entre alunos, professores e gestores, entre outras ações. A importância da conscientização racial, do apoio às vítimas de agressões racistas e do encaminhamento adequado de medidas de sanção e reparação foi enfatizada.
*Com informações do Estadão Conteúdo
